Indonésias têm de provar que são virgens para entrar no Exército



Na Indonésia, uma jovem que queira ingressar nas Forças Armadas precisa submeter-se ao que vem sendo chamado de algo "cruel, degradante e humilhante": um teste de virgindade.
Até pouco tempo atrás, esse exame também era obrigatório para noivas de militares.
Agora, a prática vem sendo alvo de críticas de diversos setores, e a ONG de direitos humanos Human Rights Watch (HRW), que entrevistou muitas dessas mulheres, vem fazendo uma campanha para que o governo do país coloque um fim a esses testes.
No exame, conhecido como “prova dos dois dedos”, um médico usa dois dedos para abrir a vagina e tentar deduzir o estado do hímen e “frouxidão” vaginal. No entanto, o hímen pode variar de tamanho por diversas razões não relacionadas ao sexo.
Andreas Harsono, investigadora da HRW que entrevistou 11 indonésias, entre militares e esposas de oficiais, disse que a maioria se sentia envergonhada por ter sido submetida ao teste e que muitas ficaram traumatizadas.
Segundo a ativista, uma das mulheres relatou que ao sair do exame, contou às demais mulheres que aguardavam na sala de espera e todas elas deixaram o local.
Uma médica militar contou à ONG que quando realizava os testes em Jacarta, era difícil persuadir as mulheres para que se submetessem ao teste. “Não era apenas um ato humilhante. Era uma tortura. Tanto de decidi não fazer mais isso.”
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Sobre o Autor: wuua

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