O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, manifestou-se hoje "angustiado" com o "sofrimento" de moçambicanos vítimas de xenofobia na África do Sul, assegurando que as autoridades moçambicanas estão preparadas para minorar a situação das vítimas.
"Assistimos com grande preocupação e angústia o sofrimento dos nossos compatriotas. Solidarizámo-nos com as vítimas e suas famílias. Estamos determinados a envidar esforços para mitigar o seu sofrimento, prestando toda a assistência necessária", afirmou Nyusi, que falava durante a tomada de posse de três novos procuradores-gerais adjunto da República.
Cerca de 300 moçambicanos fugiram das suas casas na província de Kwazulu Natal, refugiando-se em dois centros de acomodação criados para albergar vítimas de xenofobia, que eclodiu há cerca de duas semanas na África do Sul.
Em declarações à Lusa em Maputo, na quarta-feira, o alto comissário de Moçambique em Pretória disse que o primeiro grupo de moçambicanos em fuga da vaga de xenofobia na África do Sul parte na quinta-feira para um centro de trânsito criado na província de Maputo.
Segundo Fernando Fazenda, o Governo moçambicano disponibilizou dois autocarros e um camião, que se encontram desde hoje em Durban, principal foco da violência xenófoba contra comunidades estrangeiras africanas, e na quinta-feira de manhã começa o transporte do primeiro grupo de repatriados, sendo esperados ao início da noite no centro de trânsito de Boane.
Esta nova vaga de violência teve início poucos dias depois de o rei zulu, Goodwill Zwelithini, a mais alta autoridade tradicional de Kwazulu Natal ter desafiado os estrangeiros "a fazer as suas malas e ir embora" do país.
Em 2008, morreram 72 estrangeiros vítimas de ataques xenófobos nos bairros suburbanos da África do Sul.
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